A fase semifinal (melhor de cinco) do 12º Campeonato Nacional de Basquete Feminino (CNBF 2009) começa nesta sexta-feira, às 21h de Brasília: Colchões Castor/FIO/Unimed/Ourinhos (1º) x Santo André (4º), no ginásio Monstrinho, em Ourinhos; e VivoSabor/Unimed/Folhamatic/Americana (2º) x Açúcar Cometa/Unimed/Catanduva (3º), no ginásio Centro Cívico em Americana. As quatro equipes terminaram a fase de classificação empatadas com 25 pontos cada (onze vitórias e três derrotas). O desempate foi no saldo de cestas, mostrando o equilíbrio da competição. Todos os quatro técnicos que disputam duas vagas para a grande final do CNBF apostam em séries bastante difíceis e disputadas, ressaltando que tudo pode acontecer nesta nova fase da competição.
Em busca do hexacampeonato, Ourinhos segue firme nos treinamentos de olho, principalmente, na defesa, que é a menos vazada do Nacional, com média de 52.7 pontos sofridos por partida. O técnico Urubatan Paccini, que assumiu a direção do time em 2008 para faturar o título do Nacional, prevê muita disputa contra o Santo André, conhecido adversário de Ourinhos.
— Acredito que as quatro equipes estão se preparando muito bem para as semifinais, que serão tão ou mais equilibradas do que a primeira fase. O nosso playoff será bastante difícil. Santo André tem a cestinha (Ariadna) e a reboteira (Simone) do campeonato e ainda conta com a Laís Elena, que é uma excelente técnica. Nos treinamentos, a nossa ênfase é, como sempre, na defesa. Somos a equipe com menos pontos sofridos e queremos continuar assim. Uma marcação eficiente nós dá mais tranqüilidade no ataque, além de neutralizar alguns pontos ofensivos de Santo André — explicou o técnico de Ourinhos, Urubatan Paccini.
O Santo André, campeão em 1999, ficou quarto lugar no ano passado, perdendo na semifinal justamente para Ourinhos. Com uma defesa forte e ataque consciente, o time dirigido por Laís Elena Aranha quer um final diferente neste início de ano.
— O equilíbrio foi o ponto alto do Nacional até agora. Quatro equipes com a mesma campanha é algo muito motivador e mostra que a disputa não será fácil para nenhum dos times. Por contar com um elenco mais experiente, Ourinhos tem um pequeno favoritismo contra nós, mas acreditamos que podemos vencer, como nos Jogos Abertos de 2009. Para isso, precisamos diminuir o aproveitamento ofensivo de Ourinhos, com uma defesa bastante forte. Não podemos cometer erros bobos e dar contra-ataques de presente para o adversário — analisou a técnica do Santo André, Laís Elena Aranha.
Na outra série, mais uma vez Americana e Catanduva se encontram na semifinal, mas com mudanças especialmente no banco. O técnico Luis Augusto Zanon, que assumiu Americana logo depois do campeonato paulista, está ansioso para garantir sua primeira final como treinador. Já Edson Ferreto segue no comando de Catanduva pelo quinto ano seguido.
Com a segunda melhor defesa e terceiro melhor ataque, Americana quer surpreender o adversário. Nos dois confrontos entre as equipes na fase de classificação, Catanduva levou a melhor com vitórias por 66 a 55 em casa e 79 a 72 em Americana. Mas esses resultados ficaram no passado e, com os playoffs, uma nova competição começa. Sob o comando do técnico Luis Augusto Zanon, as jogadoras de Americana vão com tudo para garantir o lugar na final.
— Assim como todas as equipes, passamos o fim de ano treinando no intervalo entre natal e reveillon. Agora voltamos aos treinamentos diários. As meninas estão muito animadas e o clima no grupo é puro alto astral. Sabemos das dificuldades que vamos enfrentar. A previsão é que os confrontos semifinais sejam tão equilibrados como foram na fase de classificação. Catanduva nos venceu as duas vezes, mas isso não significa que vamos nos abater. Um dos pontos que venho trabalhando com a equipe é o emocional. Não podemos nos deixar levar pela emoção nos momentos em que estamos ganhando nem quando estamos perdendo. Precisamos nos manter equilibrados durante os 40 minutos e não entrar no ritmo de Catanduva, que é bastante intenso — comentou o técnico de Americana, Luis Augusto Zanon.
Dona do melhor ataque da competição, com média de 84.6 pontos por jogo, Catanduva segue trabalhando suas principais características, que são velocidade no jogo de transição e o alto poder ofensivo. O técnico Edson Ferreto está motivado pelas duas vitórias sobre Americana na primeira fase, mas alerta que playoff começa tudo de novo.
— Como a beleza do basquete está em não ter zebra, acredito que Ourinhos vá para final e a nossa série será um pouco mais equilibrada. Tropeçamos na primeira fase e não conseguimos ficar em segundo, mas agora temos que vencer três partidas contra Americana para chegar à final. A expectativa é boa e estamos treinando para imprimir o nosso ritmo de jogo, sempre com muita velocidade e atenção defensiva — explicou Ferreto.
CAMPANHAS
OURINHOS
1º lugar na fase de classificação
14 jogos – 11 vitórias e três derrotas (25 pontos)
3º melhor ataque com 1.072 pontos pró (média de 76.6 pontos)
1ª melhor defesa com 738 pontos sofridos (média de 52.7 pontos)
Com mando de quadra – 7 jogos – 5 vitórias e 2 derrotas
Sem mando de quadra – 7 jogos – 6 vitórias e 1 derrota
Classificação no Nacional
2001 (3º) / 2002 (4º) / 2003 (2º) / 2004 (1º) / 2005 (1º) / 2006 (1º) / 2007 (1º) / 2008 (1°)
AMERICANA
2º lugar na fase de classificação
14 jogos – 11 vitórias e três derrotas (25 pontos)
4º melhor ataque com 1.046 pontos pró (média de 74.7 pontos)
2ª melhor defesa com 760 pontos sofridos (média de 54.3 pontos)
Com mando de quadra – 7 jogos – 6 vitórias e 1 derrota
Sem o mando de quadra – 7 jogos – 5 vitórias e 2 derrotas
Classificação no Nacional
2002 (2º) / 2003 (1º) / 2004 (2º) / 2008 (2°)
CATANDUVA
3º lugar na fase de classificação
14 jogos – 11 vitórias e três derrotas (25 pontos)
1º melhor ataque com 1.185 pontos pró (média de 84.6 pontos)
3ª melhor defesa com 877 pontos sofridos (média de 62.6 pontos)
Com mando de quadra – 7 jogos – 5 vitórias e 2 derrotas
Sem o mando de quadra – 7 jogos – 6 vitórias e 1 derrota
Classificação no Nacional
2005 (4º) / 2006 (2º) / 2007 (2º) / 2008 (3°)
SANTO ANDRÉ
4º colocado na fase de classificação
14 jogos – 11 vitórias e três derrotas (25 pontos)
2º melhor ataque com 1.085 pontos pró (média de 77.5 pontos)
4ª melhor defesa com 882 pontos sofridos (média de 63.0 pontos)
Com mando de quadra – 7 jogos – 6 vitórias e 1 derrota
Sem o mando de quadra – 7 jogos – 5 vitórias e 2 derrotas
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